Em 27 de Dezembro de 2016, faleceu a atriz Carrie Fisher.

Através de romances, entrevistas e apresentações de uma só mulher, Fisher ensinou- nos que é possível rir e aprender com as circunstâncias mais difíceis - das quais ela teve a sua parte. Desde que divulgou o seu diagnóstico de doença bipolar há 15 anos no programa de notícias ABC 20/20, Fisher colocou a sua sagacidade irónica e sinceridade para advogar sem escrúpulos para uma melhor compreensão da doença e abolição do estigma.

Fisher enfeitou a capa da edição de revista da bp Magazine e voltou para a nossa edição de quinto aniversário, pelo que é oportuno revisitar a nossa heroína quando comemoramos com orgulho o 10 º aniversário da revista.

A grande notícia de Fisher nestes dias é, naturalmente, retomar o seu papel icónico como a inigualável Princesa intergaláctica Leia Organa em Star Wars VII, programado para Dezembro de 2016. Ultimamente tem-se reunido com Harrison Ford como Han Solo e Mark Hamill como Luke Skywalker. A filha de Fisher, Billie Lourd, de 22 anos, teria lançado uma versão jovem da Princesa Leia em flashbacks - assim como Fisher, de 15 anos, cumprimentou o público ao lado da sua famosa mãe, Debbie Reynolds. Como verdadeira princesa da realeza de Hollywood, a vida de Fisher nunca
incluiu uma vedação branca e uma obscuridade satisfeita. Os seus pais divorciaram-se quando ela tinha 2 anos depois do seu pai ter saído para cortejar Elizabeth Taylor de olhos violeta, causando um enorme escândalo. Fisher provavelmente herdou mais do seu pai do que apenas os seus cabelos escuros e olhos castanhos. Ela acredita que ele tinha a doença bipolar não diagnosticada, colocando o seu consumo pesado de álcool e drogas no contexto da automedicação - bem como os seus próprios vícios.

Quando o primeiro filme de Star Wars saiu em 1977, Fisher tinha apenas 20 anos. Agora ela tem 60 anos e sua longa lista de créditos na tela inclui Shampoo, Hannah e Suas Irmãs, Quando Harry Conheceu Sally, Soapdish, Austin Powers: Homem Internacional de Mistério, a voz de Angela em Family Guy e uma série de outros programas de TV. Em 'Star Wars': "Estou feliz por eles estarem a preparar um novo filme [Star Wars], pois eles mandaram um treinador para a minha casa para que eu possa entrar em boa forma. Então eu estou a abusar do açúcar com antecedência… pelo tempo que realmente levaria, seria capaz de comer tudo" - citado no Calgary Herald.

Na verdade, Fisher descreve-se mais como uma escritora e performer do que uma atriz. Entre shows de atuação, ela transformou a sua inteligência incisiva (A sua receita para o mau diálogo: "Tornar as mulheres mais inteligentes e as cenas de amor melhor.").

O seu currículo também inclui o seu papel como "uma espécie de pessoa de cartaz para a doença bipolar", como ela diz. Não há como negar a sua importância em trazer a doença bipolar para a consciência pública, especialmente porque ela dissipa a vergonha por encontrar humor - embora humor crispado. "Esperei a minha vida inteira para obter um prémio por alguma coisa, agora recebo prémios o tempo todo por ser doente mental", escreveu em Wishful Drinking, uma colagem autobiográfica que se iniciou como uma performance de uma mulher, tornou-se um especial da HBO, e foi publicado em forma de livro em 2008. "Eu sou aparentemente muito boa nisso."

Fonte:
http://www.bphope.com/our-leading-lady-carrie-fisher